Participa Mulher

“Participa Mulher” é um espaço de ação positiva que permitirá ultrapassar os constrangimentos sociais, culturais e até políticos que afastam as mulheres dos assentos das assembleias nacional e municipais, de forma a sensibilizar e incentivar as mulheres para participação cívica ativa e a fortalecer suas atuações nos espaços de poder político.

História do Voto Feminino

As mulheres enfrentaram muitos desafios ao longo da história para garantir o direito de votar, e esse processo evoluiu de maneiras diferentes em diversos países. Esse processo complexa envolveu muitas lutas, movimentos sociais e mudanças políticas que iniciou no final do século 19 e início do século 20.

Nova Zelândia foi o primeiro país do mundo a conceder o direito de voto às mulheres. A conquista foi resultado de décadas de ativismo liderado por figuras como Kate Sheppard, em 1893.

Na Austrália o direito ao voto foi estendido às mulheres em nível federal, em 1902. No entanto, as leis variavam nos diferentes estados australianos.

No Reino Unido as mulheres britânicas conquistaram o direito de votar em etapas. Em 1918, o Representation of the People Act concedeu o voto a mulheres com mais de 30 anos que cumprissem certos critérios de propriedade. Em 1928, a idade foi reduzida para 21, alinhando-se com os direitos dos homens.

Estados Unidos, a 19ª Emenda à Constituição dos EUA garantiu o direito de voto às mulheres em 1920, após décadas de movimentos sufragistas e protestos.

As províncias canadenses começaram a conceder o direito de voto às mulheres na década de 1910, com a última província, Quebec, fazendo-o em 1940.

Na Alemanha, as mulheres obtiveram o direito de voto em 1918. Após a Segunda Guerra Mundial, muitos outros países europeus concederam o direito de voto às mulheres. Na França isso só aconteceu em 1944. Itália (1945), Bélgica (1948).

As mulheres suíças conquistaram o direito de voto em nível federal em 1971, embora algumas regiões já o tivessem permitido anteriormente.

As mulheres negras na África do Sul conquistaram pleno direito de voto após o fim do apartheid em 1994.

Em Cabo Verde as mulheres tiveram a oportunidade de voto logo após a independência na primeira eleição, continuando nas primeiras eleições partidárias realizadas no país, em 1991.

Ao longo do tempo, a luta pelo sufrágio feminino continuou em diferentes partes do mundo, e as mulheres continuaram a ser desafiadas e enfrentadas mesmo após a conquista do direito de voto. A história do voto feminino é, portanto, um testemunho da persistência e determinação das mulheres na busca pela igualdade de direitos políticos.

Primeira mulher eleita na política 

A primeira mulher a ser eleita para um cargo político em nível nacional foi Sirimavo Bandaranaike, do Sri Lanka (anteriormente conhecido como Ceilão). Ela foi eleita Primeira-Ministra do Sri Lanka em 1960, tornando-se a primeira mulher do mundo a ocupar o cargo de chefe de governo. Essa conquista histórica ocorreu após a morte de seu marido, Solomon Bandaranaike, que também foi primeiro-ministro do Sri Lanka.

Sirimavo Bandaranaike não apenas quebrou barreiras de gênero ao se tornar a primeira mulher a liderar um governo nacional, mas também serviu como primeira-ministra em várias ocasiões ao longo de sua carreira política. Ela ocupou o cargo de 1960 a 1965, novamente de 1970 a 1977, e mais tarde de 1994 a 2000.

Essa realização pioneira abriu caminho para outras mulheres em todo o mundo buscarem e alcançarem cargos de liderança política em seus países. Desde então, muitas mulheres em diferentes nações têm alcançado posições proeminentes na política, continuando a avançar em direção à igualdade de gênero na arena política global.

Contribuição da mulher cabo-verdiana na abertura política no país.

A história da política de Cabo Verde é marcada pela presença das mulheres em várias fases, iniciando na  luta pela independência e o subsequente desenvolvimento do país.

Durante a luta pela independência de Cabo Verde, que culminou em 1975, as mulheres cabo-verdianas estiveram envolvidas em atividades de mobilização, resistência e apoio à causa independentista. Participaram ativamente em organizações políticas e movimentos que buscavam a independência do domínio colonial português.

Após a independência continuaram a desempenhar papéis importantes na política do país. Elas ingressaram em partidos políticos, ocuparam cargos em governos locais e nacionais, e contribuíram para o desenvolvimento e a consolidação das instituições democráticas.

Ao longo dos anos, houve um aumento gradual na representação política das mulheres em Cabo Verde.

Além do cenário político, as mulheres cabo-verdianas desempenharam papéis significativos no desenvolvimento econômico e comunitário do país, contribuindo para a construção de uma sociedade mais inclusiva e resiliente.

É importante reconhecer e valorizar as contribuições das mulheres cabo-verdianas na abertura política e no desenvolvimento do país, destacando seu papel multifacetado em diversos setores da sociedade. A luta pela igualdade de gênero e a participação ativa das mulheres na vida política e social são elementos essenciais para a construção de uma sociedade mais justa e equitativa.

 

 

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